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A República Checa pediu este sábado à União Europeia (UE) 25 conjuntos de edifícios modulares para a ajudar a acolher até 50.000 refugiados ucranianos, uma vez que os seus recursos estão quase esgotados.
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"O pedido prevê até 25 campos humanitários para 2.000 refugiados cada", disse este sábado o ministro do Interior da República Checa, Vit Rakusan.
Pavla Jakoubkova, porta-voz da direção-geral dos bombeiros, que desempenha um papel importante no transporte e no acolhimento de refugiados, estimou, por sua vez, que "a capacidade de absorção (de refugiados) da República Checa está quase esgotada".

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Segundo Pavla Jakoubkova, mais de 102.000 refugiados ucranianos foram registados na República Checa desde a invasão russa, mas o número real é "certamente 200.000".
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"Estamos a tentar obter mais capacidade de acolhimento, mas estamos gradualmente numa situação em que só podemos providenciar acomodações de emergência para refugiados", disse Jakoubkova.
Dada a situação, as pessoas acolhidas "terão que se concentrar em ginásios, salões, etc." e a sua acomodação não será confortável.

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O ministro do Interior da República Checa, Vit Rakusan, esclareceu que os edifícios modulares serão usados quando as possibilidades de alojamento existentes no país se esgotarem.
A invasão russa e o afluxo de refugiados provocaram uma onda de solidariedade na República Checa, com muitas pessoas a oferecerem refúgio aos ucranianos que fugiram da guerra.
A República Checa tem 10,7 milhões de habitantes e abriga uma comunidade ucraniana de cerca de 200.000 pessoas, que trabalham principalmente nos setores da construção civil, da enfermagem ou das limpezas.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.