Rússia expulsa 34 diplomatas franceses e França condena decisão

Diplomatas franceses foram declarados 'persona non grata' e devem deixar a Rússia no prazo de duas semanas.

A Rússia anunciou esta quarta-feira a expulsão de 34 diplomatas franceses em resposta a uma medida idêntica adotada em abril por Paris, contra 41 diplomatas russos colocados em França, ordem que as autoridades francesas já condenaram "veementemente".

O embaixador francês em Moscovo, Pierre Lévy, foi convocado à sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, onde foi informado que diplomatas declarados 'persona non grata' devem deixar o país no prazo de duas semanas, informou esta instituição na sua página de internet.

"Esta decisão é apresentada pelo lado russo como uma resposta às decisões da França" em abril passado, quando "várias dezenas de agentes russos" suspeitos de serem espiões foram expulsos, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, em comunicado.

No entanto, o ministério sublinhou: "O trabalho dos diplomatas e funcionários da nossa embaixada na Rússia enquadra-se plenamente no âmbito da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas e consulares", deixando implícito que o mesmo não acontece com os russos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia já tinha convocado esta quarta-feira os embaixadores de Espanha e Itália em Moscovo, um dia depois de a Rússia ter decidido expulsar dois diplomatas finlandeses em retaliação pela expulsão, em abril, de dois membros da embaixada russa em Helsínquia.

Em 5 de abril, o Governo espanhol decidiu expulsar 27 membros da embaixada russa em Espanha, por considerar que representavam "uma ameaça à segurança" do país e como um sinal de repúdio às ações das tropas russas na Ucrânia, e 30 diplomatas da embaixada da Rússia em Roma por serem um risco "para a segurança nacional".

A guerra na Ucrânia, que entrou esta quarta-feira no 84.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,1 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

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