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A agência estatal ucraniana responsável pela zona de exclusão de Chernobyl disse na terça-feira que os militares russos destruíram um novo laboratório na central nuclear que, entre outras coisas, melhorava a gestão dos resíduos radioativos.
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As forças russas tomaram o controlo da central desativada, no início da guerra. A zona de exclusão é a zona contaminada ao redor da central, local do pior acidente nuclear civil do mundo, em 1986.
A agência estatal lembrou que o laboratório, que custou seis milhões de euros, com o apoio da Comissão Europeia, foi inaugurado em 2015.
O laboratório continha "amostras altamente ativas e amostras de radionuclídeos que estão agora nas mãos do inimigo", acrescentou.
"Esperamos que só cause dano a si próprio [ao inimigo] e não ao mundo civilizado", afirmou a agência, em comunicado.
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Os radionuclídeos são átomos instáveis de elementos químicos que libertam radiação.
Especialistas consideraram existir um outro dado preocupante: a agência reguladora nuclear da Ucrânia disse na segunda-feira que os monitores de radiação em redor da central tinham deixado de funcionar.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 953 mortos e 1.557 feridos entre a população civil, incluindo mais de 180 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,53 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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