"Se esse corredor humanitário não acontecer, ficaremos numa situação crítica"

Chefe de equipa dos Médicos Sem Fronteiras em Gaza descreve o momento díficil vivido no terreno. Tatiana Chiarella sublinha que há falta de água, comida, médicos e medicamentos.

Com o início de um cessar-fogo iminente, as equipas humanitárias em Gaza exigem um corredor humanitário. Israel e o Hamas anunciaram tréguas, mas as marcas do conflito vão levar muito tempo a sarar.

Há milhares de deslocados que ficaram sem-abrigo e milhares de feridos por tratar. Em declarações à TSF, a chefe da equipa dos Médicos Sem Fronteiras, Tatiana Chiarella, sublinha que além de água e comida faltam também médicos e medicamentos.

"Se esse corredor humanitário não acontecer, ficaremos numa situação crítica", teme a responsável, que recorda os momentos vividos quando uma das clínicas dos Médicos Sem Fronteiras foi atingida pelos bombardeamentos israelitas. Dois médicos morreram na sequência desse ataque.

"O ataque não foi dirigido à clínica, mas infelizmente a infraestrutura quebrou. A sala onde se faz a esterilização foi perdida. O dano colateral está presente", lamenta.

Desde o início do conflito, mais de 300 edíficios foram atingidos. Há quase 70 mil deslocados. Várias unidades de saúde deixaram de funcionar e Tatiana Chiarella reconhece que não há mãos a medir. "É difícil transportar pacientes. É difícil chegar aos locais", lamenta.

De acordo com esta responsável dos MSF, a situação no terreno parece pior do que a de 2014. Tatiana Chiarella lembra que passa "o dia e a noite" nos abrigos antiaéreos.

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