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Os sindicatos voltaram a convocar um novo dia de manifestação para este sábado. O sexto dia de mobilização contra a aprovação da reforma das pensões juntou 1 milhão e 280 mil manifestantes na rua, segundo dados do governo e 3,5 milhões segundo os dados da CGT.
Depois de uma forte mobilização na terça-feira passada contra a reforma das pensões, os sindicatos enviaram uma carta a Emmanuel Macron a reclamar uma reunião. Na reta final da análise do projeto-lei no senado, os sindicatos querem pressionar Emmanuel Macron.
Philippe Martinez, da central sindical CGT, repetiu que "a bola está do lado do presidente", acrescentando que "é preciso continuar com a mobilização e continuar a exprimir-nos".
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"A bola está no campo do Presidente da República. Não podem acontecer coisas com esta dimensão no país e que a pessoa responsável por unir todos os franceses não diga nada, que se cale e feche no eliseu, sem ter em conta as mobilizações e o descontentamento. Há estudos de opinião e isso também é importante", lembrou o sindicalista.
Esperam-se protestos com milhares de pessoas este sábado
Os sindicatos esperam que Emmanuel Macron os receba e na carta que eles enviaram, são claros: "O silêncio do Executivo perante a mobilização social contra a reforma das pensões deixa transparecer "um grave problema democrático".
Os sindicatos, que há semanas lamentam a falta de proximidade com o Eliseu, alertam para as consequências que este afastamento pode gerar na população.
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O ministro do Trabalho, Olivier Dussopt, usou a arma constitucional do voto em bloco no Senado, que vai decidir num único voto todo o projeto.
Emmanuel Macron não pode prescindir de responder aos sindicatos. O chefe de Estado enviou uma carta em que afirma não "subestimar" o "descontentamento" e as "ansiedades" dos franceses e reafirmou que "a reforma é necessária" e que o governo está "a ouvir" os sindicatos "para avançar através do diálogo".