Pelo menos 3760 mortos e milhares de feridos após sismo na Turquia e Síria

O epicentro do terramoto foi registado no sul da Turquia. Autoridades admitem que o número de vítimas pode aumentar.

Um sismo de magnitude 7.8 na escala de Richter fez pelo menos 2316 mortos na Turquia e 1444 na Síria, além de milhares de feridos em ambos os países. O epicentro do abalo foi registado no sul da Turquia durante a madrugada.

As autoridades turcas atualizaram o número de mortos pelas 14h40 (hora de Lisboa), acrescentando que há ainda pelo menos 13.580 feridos e que pelo menos 2400 pessoas foram retiradas com vida dos escombros. O Governo de Ancara já pediu assistência internacional face à escala da tragédia.

Na Síria, pelo menos 1073 pessoas morreram em várias cidades, de acordo com a agência de notícias estatal, especialmente na província síria de Idlib, e em zonas da província de Alepo, onde as populações vivem maioritariamente em tendas de campanha, vítimas da guerra que se prolonga na no país desde 2011. Há ainda pelo menos 1089 feridos.

Em Idlib - apontada como o último bastião da oposição síria e controlada pelo grupo Organização para a Libertação do Levante, uma aliança extremista islâmica que incluiu membros da antiga Frente al Nusra, antiga ramificação da Al Qaeda - residem 4,6 milhões de pessoas, sendo que quase três milhões são refugiados ou deslocados internos.

Além disso, a agência Associated Press aponta para centenas de mortos em regiões controladas pelos rebeldes, que abrigam cerca de quatro milhões de deslocados provenientes de outras partes do país, na sequência da longa guerra civil.

Os capacetes brancos já declaram o estado de emergência no norte da Síria e apelam ao envio de ajuda internacional.

Além da Turquia e da Síria, este sismo foi sentido também na Grécia, Egito, Chipre, Líbano e Israel. Em Itália, chegou a ser ativado o alerta de tsunami na costa sul.

No Twitter, o chefe da diplomacia europeia, Joseph Borrell lamenta a perda de tantas vidas humanas na Turquia e na Síria e garante que a União Europeia "está pronta para ajudar". Também Israel já colocou em prontidão várias equipas de salvamento e resgate do exército.

Alemanha, França, Polónia, Bélgica, Itália, Espanha, Países Baixos e Roménia já anunciaram o envio de equipas para o terreno. Também o Reino Unido e os EUA estão prontos para enviar equipas especializadas.

O abalo ocorreu às 04h17 (01h17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, com a origem a uma profundidade de 17,9 quilómetros.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), minutos após o primeiro sismo, outro abalo de 6,7 graus na escala de Richter foi registado a 9,9 quilómetros de profundidade.

Vídeos publicados nas redes sociais mostraram prédios destruídos em várias cidades do sudeste do país.

A Turquia está situada numa das zonas sísmicas mais ativas do mundo.

Em novembro, um sismo de magnitude 5,9 atingiu a província turca de Düzce, 200 quilómetros a leste de Istambul, deixando pelo menos 68 pessoas feridas.

O abalo aconteceu na mesma província onde um terramoto de magnitude 7,4 matou cerca de 17 mil pessoas em agosto de 1999, incluindo mil em Istambul.

Notícia em atualização

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