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Pelo menos oito pessoas morreram e 24 ficaram feridas, esta segunda-feira, na sequência de fortes explosões no centro de Kiev. A informação é avançada pelo assessor chefe do ministro do Interior da Ucrânia, Rostyslav Smirnov, à agência de notícias Ukrinform.
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"Oito pessoas morreram e 24 ficaram feridas como resultado dos bombardeamentos no distrito de Shevchenkiv (Kiev). Houve um incêndio em seis carros e mais outros 15 veículos ficaram danificados", segundo o balanço divulgado por Smirnov.
As explosões tiveram lugar por volta das 08h15 locais (06h15 em Lisboa) com as sirenes de ataque aéreo a soarem na capital ucraniana durante uma hora antes.
"Várias explosões no distrito de Shevchenkivskyi, no centro da capital", disse o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko.
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Posteriormente, uma segunda vaga de explosões foi ouvida em Kiev, às 09h16, hora local (07h16 em Lisboa), embora até agora não haja informações sobre as vítimas deste segundo bombardeamento.
Várias colunas de fumo negro eram visíveis em diferentes locais da cidade, de acordo com vídeos divulgados nas redes sociais.
Um jornalista da AFP viu várias ambulâncias no centro da capital ucraniana a dirigirem-se para os locais das explosões.
O bombardeamento em Kiev ocorre num dia de ataques aéreos contra várias cidades ucranianas.
De manhã registou-se o terceiro bombardeamento em cinco dias contra a cidade de Zaporijia (sul), no qual, segundo alguns meios de comunicação, uma pessoa morreu.
Os media ucranianos também relatam várias explosões de mísseis na cidade de Dnipro, bem como ataques a Zhytomyr, perto de Kiev, em Khmelnytskyi, mais a leste, na margem do rio Bug do sul, e Ternopil (a leste, nas margens do rio Seret).
De acordo com o jornal independente de Kiev, que cita o governador Vitaliy Kim, um total de dez mísseis S-300 caíram sobre a cidade de Myukolaiv, sem vítimas relatadas até agora.
Estas explosões acontecem também um dia depois de Putin ter acusado os serviços secretos ucranianos de estarem por trás da explosão que danificou a ponte da Crimeia no sábado, um ato que o presidente russo classificou como "terrorista".
Os últimos ataques a Kiev tinham acontecido a 26 de junho.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6114 civis mortos e 9132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
* Notícia atualizada às 09h12