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O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse, esta quarta-feira, que as violentas explosões em Beirute "pareceram um ataque terrível" e que especialistas militares lhe disseram que teriam sido resultado de uma "bomba".
Duas fortes explosões sucessivas sacudiram na terça-feira o porto de Beirute, capital do Líbano, provocando pelo menos 70 mortes e mais de 3.700 feridos, segundo os dados mais recentes, com as autoridades libanesas a admitirem a possibilidade de se ter tratado de um incêndio num armazém onde estavam guardados materiais explosivos.
Donald Trump, contudo, afirmou ter recebido informações que apontam para um ataque deliberado.

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"Eu falei com os nossos generais e parece que não foi um acidente industrial. Parece, segundo eles, que foi um ataque, uma bomba", disse o Presidente norte-americano em declarações aos jornalistas.
Para as autoridades libanesas, as violentas explosões que abalaram o porto de Beirute podem ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos, disse um oficial de segurança libanês.
O primeiro-ministro, Hassan Diab, adiantou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute.

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"É inadmissível que um carregamento de nitrato de amónio, estimado em 2.750 toneladas, estivesse há seis anos num armazém, sem medidas de precaução. É inaceitável e não podemos calar-nos sobre esta questão", disse o primeiro-ministro durante a reunião do Conselho Superior de Defesa, segundo relato de um porta-voz em conferência de imprensa.
O nitrato de amónio é um fertilizante químico e também é um componente de explosivos.