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Os dois terramotos que atingiram a Turquia no dia 6, com um balanço provisório de 42 mil mortos e 115 mil feridos no país, tiveram mais de sete mil réplicas, anunciou esta terça-feira o serviço de emergência nacional turco (Afad).
Segundo o diretor do departamento sismográfico do Afad, Orhan Tatar, pode falar-se de três terramotos diferentes, dois no dia 6, com epicentro em Kahramanmaras, e de magnitudes 7,7 e 7,6, e outro, independente destes, na segunda-feira, em Hatay, na costa mediterrânica, de magnitude 6,4.
Ao todo, foram registadas 7.242 réplicas destes três terramotos, dos quais 41 foram de magnitudes que variaram entre 5 e 6, ou seja, abalos com magnitude que, na Turquia, ocorrem, normalmente, 10 vezes por ano, causando sempre pânico, embora raramente vítimas.
Outras 450 réplicas tiveram magnitudes entre 4 e 5, que se registam, habitualmente, em média cinco vezes por mês no país, assustando sempre a população.
Sismos de magnitude 5, por norma, não fazem cair edifícios, mas podem derrubar um já danificado por terramoto anterior, assinalou Orhan Tatar.
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Os terramotos com epicentro em Kahramanmaras quebraram, em cinco partes, a falha geológica de 400 quilómetros na Anatólia Oriental, declarou o especialista citado pela agência de notícias Ef, explicando que moveu, alguns lugares da crosta terrestre, entre 7,2 e 7,3 metros.
O sismo de segunda-feira em Hatay, que corresponde à falha de Antioquia, teve 116 réplicas, das quais, a maior, ocorrida três minutos depois, foi de magnitude 5,8, acrescentou este responsável.
Este terramoto provocou a morte de pelo menos seis pessoas e cerca de 300 feridos.