- Comentar
A Turquia rejeitou esta quarta-feira a acusação de Washington de que os comentários do Presidente Erdogan sobre os ataques israelitas contra Gaza têm intenções "antissemitas".
"Acusar o nosso Presidente de antissemitismo não é lógico e é falso. É uma mentira contra o nosso Presidente", disse Omar Celik, porta-voz do AKP, partido conservador no poder na Turquia.
Na terça-feira, o Departamento de Estado norte-americano considerou "antissemitas" as declarações do Presidente turco, alertando que é preciso evitar "comentários incendiários que podem incitar a mais violência, no Médio Oriente.
"Os Estados Unidos condenam firmemente as recentes posições antissemitas do presidente Erdogan contra o povo judeu", escrever Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado através de um comunicado.

Leia também:
Parlamento Europeu exige "reformas democráticas" em relatório "muito critico" sobre a Turquia
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O chefe de Estado turco, que se afirma um defensor da causa palestiniana, criticou os dirigentes israelitas pelos ataques contra a Faixa de Gaza.
"São assassinos, de tal forma que mataram crianças de cinco e seis anos", disse Erdogan, acrescentando que "só sugando sangue é que eles (israelitas) ficam satisfeitos".
O Presidente turco acusou ainda os israelitas de "terrorismo".
Na segunda-feira, Erdogan criticou o Presidente dos Estados Unidos, afirmando que Joe Biden "tem as mãos ensanguentadas", por causa do apoio diplomático norte-americano a Israel.