Ucrânia denuncia violação de cessar-fogo em Mariupol

A população que estava bloqueada na cidade tinha, esta manhã, começado a ser retirada para outros locais, depois de as forças ucranianas e russas terem chegado a um acordo para um corredor humanitário.

O Ministério ucraniano da Defesa acusou, esta terça-feira, a Rússia de não respeitar o corredor humanitário em Mariupol, avança a agência de notícias AFP.

Estava previsto, para esta manhã, um cessar-fogo para permitir a evacuação da cidade portuária do sudeste da Ucrânia, no 13.º dia da invasão russa.

"O inimigo executou um ataque exatamente na direção do corredor humanitário", denunciou o Ministério da Defesa da Ucrânia, na sua página do Facebook. O exército russo "não permitiu que crianças, mulheres e idosos abandonassem a cidade".

"Tais ações (...) não são nada além de genocídio", completa o comunicado.

Os civis que estavam bloqueados na cidade tinha, esta manhã, começado a ser retirados para outros locais, depois de as forças ucranianas e russas terem chegado a um acordo para a criação de um corredor humanitário.

A Ucrânia afirma que foram tomadas medidas, incluindo a desminagem de estrada, para permitir a retirada de civis desta cidade portuária de quase 450 mil habitantes.

Há vários dias que o Exército russo cerca Mariupol, uma cidade de importância estratégica pela sua proximidade com a anexada Crimeia e a autoproclamada república de Donbass, onde estão localizadas as tropas separatistas pró-Rússia.

As autoridades ucranianas recusaram, na segunda-feira, uma proposta russa para que os residentes da cidade fossem levados para a Rússia.

A criação de corredores humanitários para socorrer civis bloqueados em cidades sob bombardeamento russo tem sido um dos temas das negociações entre as duas partes. A terceira ronda de negociações decorreu na segunda-feira, na Bielorrússia, perto da fronteira com a Polónia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número ainda por determinar de vítimas mortais, civis e militares.

Após 13 dias de combates, mais de dois milhões de pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos, segundo números atualizados hoje pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). A agência especializada das Nações Unidas disse que se trata da crise de refugiados com o crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com a promessa de envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas contra Moscovo.

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