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A Ucrânia já preencheu um questionário para a sua candidatura à União Europeia (UE). A informação foi confirmada, esta segunda-feira, por Ihor Zhovkva, vice-chefe do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky.
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"Hoje posso dizer que o documento foi concluído pelo lado ucraniano", disse Zhovkva à televisão ucraniana, citado pela agência Reuters.
A Comissão Europeia deverá agora emitir uma recomendação sobre a conformidade da Ucrânia com os critérios de adesão necessários. "Esperamos que a recomendação seja positiva", sublinhou.
Zhovkva acrescentou que a Ucrânia espera adquirir o status de país candidato à adesão à UE em junho, durante uma reunião do Conselho Europeu, que se realizará a 23 e 24 desse mês. "Em seguida, precisaremos de iniciar as negociações de adesão. Assim que realizarmos essas negociações, já podemos falar sobre a adesão plena da Ucrânia à UE."
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entregou o questionário a Zelensky durante uma visita a Kiev, a 8 de abril.
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"A Ucrânia pertence à família europeia. Hoje estamos aqui para lhe dar a primeira resposta positiva. Neste envelope, há um importante passo para a adesão à União Europeia", anunciou Von der Leyen.

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No discurso, a presidente da Comissão Europeia prometeu fundos para reconstruir a Ucrânia, lamentando o que viu em Bucha, o local onde as forças russas cometeram um massacre de civis.
"Aqui começa o caminho em direção à UE", prometeu a chefe do executivo comunitário, ao garantir ao chefe de Estado ucraniano que a análise da candidatura por parte da Comissão "não vai ser, como sempre, uma questão de anos, mas antes de semanas".
O Presidente ucraniano, por seu turno, assegurou que o Governo de Kiev responderia às perguntas colocadas por Bruxelas "o mais depressa possível".
A 28 de fevereiro, Zelensky assinou o documento que solicita a Bruxelas a adesão da Ucrânia à União com o processo a ser completado em apenas sete dias.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.