- Comentar
A Rússia está a destruir o património cultural da Ucrânia "de propósito" durante a invasão, alertou na segunda-feira o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, que considera a história ucraniana "parte importante da herança europeia".
Relacionados
Kiev e Moscovo sem acordo para corredores humanitários pelo terceiro dia consecutivo
Economistas pedem ao G20 registo mundial de bens para visar oligarcas russos
"Objetos do património cultural são destruídos de propósito na guerra da Rússia contra a Ucrânia", realçou Borrell, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
O diplomata europeu sublinhou que a cultura ucraniana "é uma parte importante da herança europeia".
Por todas estas razões, Borrell garantiu que a UE vai "apoiar artistas, profissionais da cultura e organizações culturais afetadas pela guerra".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O chefe da diplomacia da UE fez ainda alusão, na sua mensagem, à campanha comunitária '#ArtVsWar', que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o nível de destruição do património cultural, objetos de arte e a suspensão da vida e das iniciativas culturais devido à guerra.
Na Ucrânia, a cultura deste país "ainda sobrevive graças à força de um povo corajoso capaz de combater as contínuas ameaças à sua destruição", sublinhou, por sua vez, o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE).
Kiev e outras cidades ucranianas optaram por cobrir os seus principais monumentos com sacos de areia, para tentar evitar que sejam danificados pelos bombardeamentos das forças russas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.