UE com vacinas suficientes para doses de reforço até primavera

Ursula von der Leyen adianta que, até ao final do primeiro trimestre de 2022, serão entregues 360 milhões de doses da vacina da Pfizer e da Moderna.

A União Europeia (UE) terá, até à primavera de 2022, um total de 360 milhões de vacinas antiCovid-19 da tecnologia do ARN mensageiro, o suficiente para doses de reforço para todos, anunciou esta quarta-feira a presidente da Comissão Europeia.

"Da BioNTech/Pfizer e da Moderna teremos 360 milhões de doses de vacinas de ARN mensageiro que serão entregues até ao final do primeiro trimestre de 2022, o que é suficiente para que todos os europeus totalmente vacinados recebam uma dose de reforço", declarou Ursula von der Leyen.

Falando em conferência de imprensa, em Bruxelas, a responsável vincou que esta "é uma boa notícia".

"Portanto, tomem-na", apelou a líder do executivo comunitário.

O anúncio foi feito quando a UE ultrapassou já os 250 milhões de casos de Covid-19 e as cinco milhões de mortes e também numa altura em que 77% da população adulta e 66% dos cidadãos em geral estão totalmente vacinados, de acordo com dados hoje divulgados por Ursula von der Leyen.

Nesta altura, assiste-se a um acentuado ressurgimento dos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, estando a UE ainda preocupada relativamente à altamente mutante variante Ómicron, detetada inicialmente na África do Sul.

A Comissão Europeia pediu hoje aos Estados-membros da UE para avançarem com "restrições específicas" e às viagens de zonas arriscadas para conter a Ómicron, solicitando ainda campanhas para os não vacinados e doses de reforço.

Numa comunicação hoje publicada, a Comissão Europeia exorta os Estados-membros a "intensificar a vacinação, à rápida administração de reforços, à vigilância e à reação rápida face à variante Ómicron".

"O aumento em casos de doença grave, especialmente entre os não vacinados, resultou numa enorme pressão sobre os hospitais e sobre o pessoal de saúde já sobrecarregado", retrata o executivo comunitário.

Por isso, a instituição pede que os Estados-membros da UE - sobre os quais recai a competência na área da saúde -- tenham uma ação coordenada, que passa por "levar a cabo campanhas renovadas para atingir as pessoas não vacinadas em todos os grupos etários elegíveis, com estratégias nacionais específicas para lidar com a hesitação de vacinas".

Os países devem, também, "aplicar rapidamente doses de reforço para manter níveis fortes de proteção contra o vírus, incluindo a variante Ómicron, a começar pelos grupos mais vulneráveis", bem como "pôr em prática precauções e restrições específicas e proporcionadas para limitar a propagação do vírus", argumenta Bruxelas.

"Deve ser assegurada uma coordenação total da UE. O aparecimento da variante Ómicron significa que deve ser dada particular atenção à aplicação e comunicação de medidas específicas sobre contactos durante o período de fim de ano", avisa a Comissão Europeia, numa alusão à época natalícia.

Dados hoje divulgados revelam que já existem 59 casos da variante Ómicron na UE, todos com historial de viagem para países da África Austral.

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