- Comentar
A União Europeia "instam o presidente Vladimir Putin", a não reconhecer as regiões separatistas da Ucrânia. O ministro Augusto Santos Silva disse que o tema esteve a ser discutido no conselho de Negócios Estrangeiros da UE, em Bruxelas.
Relacionados
Putin reconhece independência de regiões separatistas ucranianas. UE "pronta para reagir"
Kiev pede reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU
Augusto Santos Silva tema que a situação possa "escalar" e deteriorar-se ainda mais, por estarem em causa os acordos de cessar-fogo de Minsk, pede prudência do lado de Moscovo.
"Os ministros dos Estrangeiros da União Europeia instaram o presidente Putin a não dar esse passo [e] a não reconhecer as supostas repúblicas de Luhansk e Donetsk", afirmou o ministro, no final da reunião.
"Nós julgamos que os acordos de Minsk e os formatos que eles criaram, designadamente o trabalho conjunto, com o contacto entre a França Alemanha Ucrânia e a Rússia, constituem o melhor instrumento até agora disponível para gerir esta crise gravíssima de segurança e para encontrar uma solução política aceitável para todos", afirmou.

Leia também:
Putin reconhece independência de regiões separatistas ucranianas. UE "pronta para reagir"
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Augusto Santos Silva reitera que a União Europeia não vai antecipar sanções, apesar da retórica de Moscovo, pois a UE "não usa a figura das sanções preventivas"
"Nós tomamos medidas quando elas são necessárias. Tomamos medidas restritivas quando elas são indispensáveis, devidamente ancoradas e fundamentadas juridicamente através de um procedimento de decisão da União Europeia, que é aliás complexo, mas tomamos medidas em reação a factos", reiterou, dizendo que os ministros da UE vão manter-se "vigilantes".
Questionado sobre se Portugal está disponível para receber refugiados, no caso de uma invasão, o ministro afirmou que "Portugal está sempre disponível para honrar as suas obrigações, designadamente as obrigações que decorrem do direito internacional, e em particular da lei internacional humanitária".