União Europeia vive "um momento histórico no plano geopolítico"

Charles Michel acredita que, esta quinta-feira, vai ser atribuído "o estatuto de candidato [à UE] à Ucrânia e à Moldova".

A União Europeia vive "um momento histórico no plano geopolítico", com importantes decisões sobre as candidaturas à adesão de Ucrânia e Moldova e a revitalização do processo de alargamento aos Balcãs Ocidentais, disse o presidente do Conselho Europeu.

"Este Conselho Europeu constitui um momento histórico no plano geopolítico, este é um momento decisivo para a União Europeia. É uma decisão geopolítica que tomaremos hoje, e estou confiante que hoje atribuiremos o estatuto de candidato à Ucrânia e à Moldova", dando também a perspetiva europeia à Geórgia, afirmou Charles Michel.

Em declarações à entrada para uma reunião entre os líderes da UE e dos Balcãs Ocidentais que antecede o Conselho Europeu, o dirigente belga afirmou que este encontro também constitui "um importante momento, porque há uma grande vontade de revitalizar o processo com os Balcãs Ocidentais".

Charles Michel observou que, "neste preciso momento, decorrem negociações na Bulgária", com o envolvimento do Conselho e da presidência francesa, com vista a desbloquear o veto de Sófia à abertura de negociações com a Macedónia do Norte, e, por consequência, à Albânia.

"Os Balcãs Ocidentais são uma prioridade para nós", garantiu o presidente do Conselho, imediatamente antes de iniciar a reunião com os chefes de Estado e de Governo de Albânia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, Macedónia do Norte, Montenegro e Sérvia.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão decidir hoje sobre a candidatura da Ucrânia ao bloco europeu, no arranque de uma cimeira em Bruxelas dominada pelo alargamento, com a guerra como pano de fundo.

Num Conselho Europeu de dois dias antecedido de uma reunião de líderes da UE e dos países dos Balcãs Ocidentais - há anos na 'fila de espera' para aderir ao bloco comunitário -, os líderes dos 27 vão debruçar-se sobre as recentes recomendações da Comissão Europeia relativamente aos pedidos de adesão apresentados por Ucrânia, Moldova e Geórgia já depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia.

Na passada sexta-feira, o executivo comunitário recomendou a atribuição do estatuto de países candidatos à Ucrânia e Moldova, enquanto para a Geórgia propõe que lhe seja dada apenas "perspetiva europeia", por considerar que são necessários mais passos para o estatuto de país candidato.

As atenções estão inevitavelmente centradas na decisão sobre a Ucrânia, parecendo agora um dado adquirido que os 27 seguirão a recomendação da Comissão, sobretudo desde que, na passada semana, os líderes das três maiores economias da União -- o chanceler alemão Olaf Scholz, o Presidente francês e o chefe de Governo italiano, Mário Draghi - deslocaram-se a Kiev para expressar em conjunto o seu apoio à concessão do estatuto com efeito "imediato".

Este procedimento acelerado relativamente a Ucrânia e Moldova contrasta com a lentidão dos processos de alargamento aos países dos Balcãs Ocidentais, razão pela qual ainda antes do Conselho Europeu, com início agendado para as 15h00 locais (14h00 de Lisboa), decorre esta quinta-feira de manhã uma reunião com os líderes destes países, na qual serão discutidas "formas inovadoras de fazer avançar as conversações de adesão, incentivar a reforma e fazer progressos na integração gradual entre a UE e a região".

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