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A Unicef alerta para o impacto que uma tragédia como os fortes sismos que abalaram a Turquia e a Síria na segunda-feira nas crianças.
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Ouvida pela TSF, a diretora-executiva da delegação portuguesa da agência das Nações Unidas dedicada à proteção das crianças, Beatriz Imperatori, chama a atenção para o caso dos menores que perderam a família.
"Nós temos visto nas imagens as muitas crianças que têm de saber onde estão o pai, onde está a mãe, onde está um familiar e, portanto, é uma prioridade, de facto, garantir que estas crianças aguardam em segurança pelos seus familiares."
Esta é uma função "crítica das escolas", aponta Beatriz Imperatori. No norte da Síria, em Alepo, foram abertas 127 escolas para acolher as crianças vítimas do terramoto, com acesso a cuidados médicos e apoio a apoio psicológico.
Há ainda milhões de pessoas sem acesso a bens essenciais como água potável, mas já estão a chegar ao terreno os primeiros camiões cisterna.
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"A questão da água é uma questão crítica, não só fazer chegar água, mas também garantir que a água que as pessoas consomem é água de qualidade, água potável", lembra Beatriz Imperatori.
Isto em dois países onde "a situação já era vulnerável", no caso da Síria, depois da guerra civil e, no ano passado, de um surto de cólera.
Nesta fase, a diretora-executiva da Unicef Portugal apela ao donativo de todos os portugueses para ultrapassar aquela que é "uma emergência das mais terríveis que temos visto e uma das mais mortíferas".
"O que temos que garantir é que, de uma forma célere, conseguimos adquirir aquilo que é preciso no terreno e que aquilo que é preciso chega em boas condições", por isso o melhor, neste fase, são os donativos em dinheiro, explica.