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A variante Ómicron já chegou a 110 países em todo o mundo. O diagnóstico é traçado no mais recente ponto de situação feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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A OMS nota que, em vários países, a transmissão é comunitária, e a variante Ómicron já é dominante, propagando-se de forma exponencial, e duplicando os seus casos nas comunidades em dois a três dias.
Por exemplo, no Reino Unido, 71,5% os novos casos são referentes à nova variante. Nos EUA, a Ómicron é responsável por 73% dos novos casos.
As taxas de contágio desta nova variante estão a baixar na África do Sul, o país onde foi inicialmente detetada, muito devido ao declínio das taxas de contágio na província de Gauteng, onde se localizam as cidades de Pretória e de Joanesburgo.
Dados procedentes de focos de contágio na África do Sul, Reino Unido e Dinamarca parecem sugerir um menor risco de hospitalização em pacientes que contraíram a variante Ómicron em comparação com os que foram infetados com a variante Delta, realça a OMS.
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No entanto, a organização sublinha que a compreensão desta variante está a evoluir à medidas que mais evidências ficam disponíveis, pelo que analisa estes dados com prudência.
Outros estudos preliminares em vários países indicam uma redução da proteção das vacinas como a AstraZeneca ou a da Pfizer-BioNtech perante a variante Ómicron, embora no caso desta última uma dose de reforço parece aumentar a sua eficácia, indica ainda a OMS.
A OMS salienta que é necessário fazer mais estudos, mas as investigações preliminares mostram que a Ómicron gera casos menos graves do que a variante Delta, o que poderá ser explicado pelo facto de a Ómicron se replicar mais devagar nos pulmões. Já nos brônquios, a Ómicron replica-se 70 vezes mais depressa do que a variante inicial do SARS-CoV-2.
Ainda assim, a OMS chama a atenção para o impacto que a Ómicron pode ter, sobretudo nas populações mais vulneráveis. Por isso, reitera a recomendação para o reforço das vacinas, o uso da máscara, o distanciamento social, a higiene das mãos e a necessidade de se evitar grandes grupos, sobretudo nesta época de festas.
Ouça a explicação da jornalista Rute Fonseca.
No Japão, as autoridades anunciaram esta sexta-feira que detetaram o primeiro caso de transmissão comunitária da variante Ómicron da Covid-19 em Tóquio, num médico de uma clínica sem historial recente de viagens ao estrangeiro.
O caso de Tóquio é revelado dois dias depois de o país ter reportado a sua primeira transmissão comunitária, detetada em vários membros de uma família residente na cidade de Osaka, e um dia depois da revelação de outro caso em Quioto, cujo historial de contágio é desconhecido.
O paciente de Tóquio é um dos quatro novos casos de Ómicron reportados esta sexta-feira na metrópole. Os outros três casos são pessoas que tinham regressado recentemente do estrangeiro, explicou a governadora Yuriko Koike, numa conferência de imprensa.
Koike anunciou que em Tóquio vão começar a ser realizados testes grátis à Covid-19 a partir de sábado, perante a crescente preocupação devido à variante e à sua aparente maior transmissibilidade.
As autoridades esperam realizar uma média de 30 mil testes por dia em 180 localizações.
O Japão endureceu as suas restritivas medidas de controlo das fronteiras devido à deteção da Ómicron, paralisando a chegada de novos residentes estrangeiros e impedindo a entrada a residentes procedentes de uma dezena de países africanos, duramente atingidos pela variante, medidas que, em princípio, se prolongam até ao final do mês.
O primeiro-ministro nipónico, Fumio Kishida, anunciou que o país manterá as restrições até novo aviso.
O Japão tinha vacinado até esta quinta-feira 77,8% da sua população com a vacinação completa, enquanto cerca de 0,3% recebeu a dose de reforço, que atualmente está a ser administrada prioritariamente ao pessoal de saúde, segundo os últimos dados disponíveis ao Ministério da Saúde.
A Covid-19 provocou mais de 5,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.