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Há dezenas de mortos e de feridos, na região de El-Geneina, capital do Darfur ocidental, no Sudão, perto da fronteira com o Chade. Tudo devido a confrontos tribais entre árabes e os massalites da família étnica dos bantus, o mesmo conflito que deu origem há guerra no Darfur há 17 anos.
Agora, os combates acontecem numa altura em que os líderes de ambas as fações fazem parte do governo de transição, depois do acordo de paz do ano passado, entre o governo sudanês e alguns dos grupos rebeldes que lutaram contra o Presidente deposto, Omar al-Bashir, e que levou à retirada dos capacetes azuis das Nações Unidas. Confrontos em janeiro já tinham feito perto de 130 mortos.
A violência, que escalou desde domingo, deixou pessoal humanitário debaixo de fogo - caíram roquetes nas instalações da ONU e o Programa Alimentar Mundial teve de cancelar missões no terreno.
Um relatório interno da ONU a que a agência Reuters teve acesso fala em utilização de armamento pesado, com fotos e vídeos de moradores que mostram nuvens de fumaça a subir dos bairros da cidade.
Tudo isto acontece numa altura em que o Sudão deixou de fazer parte da lista do departamento de Estado americano de países patrocinadores do terrorismo, tendo o país pago cerca de 300 milhões de euros para as vítimas e familiares dos atentados contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quénia nos anos 90 do século passado, o ataque ao porta-aviões USS Cole e o homicídio de um funcionário da USAID, a agência americana para o desenvolvimento, em Cartum, no Sudão.
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