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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adiantou que os russos vão "tentar tomar" a capital da Ucrânia, Kiev, na noite desta sexta-feira, pedindo ao povo que defenda a cidade.
"Não podemos perder a capital. Dirijo-me aos nossos defensores, homens e mulheres de todas as frentes: esta noite o inimigo vai usar todas as suas forças para romper as nossas defesas da maneira mais vil, dura e desumana. Esta noite vão tentar tomar" Kiev, afirmou.

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Volodymyr Zelensky discursava num vídeo publicado na madrugada de sábado (ainda noite de sexta-feira em Lisboa) no 'site' na Internet da Presidência ucraniana.
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"Temos de preservar esta noite. O destino da Ucrânia está a ser decido agora. Todos os civis devem ter o máximo de cuidado. Por favor, ajudem-se uns aos outros, especialmente os idosos, os isolados, aqueles que estão a passar por um momento difícil agora", prosseguiu.
O chefe de Estado disse ainda que "hoje foi um difícil, mas valente".
"Estamos a lutar pelo nosso Estado em todas as frentes, no sul, no leste, no norte e em muitas cidades do nosso belo país", acrescentou.
Volodymyr Zelensky lembrou também que conversou durante o dia de sexta-feira com vários líderes ocidentais, incluindo Joe Biden, Emmanuel Macron e Olaf Scholz.
"Expliquei qual é a resposta que os ucranianos ainda esperam a esta agressão. Aceitei mais ajuda e apoio. Ajuda significativa para o nosso Estado. O nosso principal objetivo é acabar com este massacre. As perdas do inimigo são muito sérias", indicou.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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