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Os Presidentes da Ucrânia e da Rússia, Voldymyr Zelensky e Vladimir Putin, respetivamente, estão a negociar um local e uma data para se encontrarem com o objetivo de negociar um cessar-fogo e a paz entre os dois países.
O porta-voz de Zelensky, Sergii Nykyforov, citado por vários órgãos de comunicação social locais, escreveu no Facebook que a Ucrânia "estava e continua a estar pronta para falar sobre o cessar-fogo e a paz" e que o Governo de Kiev acedeu "à proposta do Presidente da Federação Russa".
Há horas que "as partes estão a discutir o local e horário para iniciar o processo de negociação. Quanto mais cedo começarem as negociações, mais hipóteses haverá de restaurar a vida normal", explica o representante de Zelensky.
Entretanto, a Hungria já se disponibilizou para acolher o processo de negociação. O ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, revela que já falou com o homólogo russo, Sergei Lavrov, e com o conselheiro ucraniano Andriy Yermak.
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Budapeste "pode servir como um local seguro para as delegações russa e ucraniana", explica Szijjarto, também no Facebook.
"Nenhuma das partes rejeitou [a proposta], ambas agradeceram e estão a ponderar", acrescentou. "Espero sinceramente que, nas próximas horas ou nos próximos dias, possa existir um acordo e tenham início as conversações."
Citado pela edição internacional da CNN, o embaixador da Ucrânia em Israel, Yevgen Korniychuk, revela que Zelensky pediu ao primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, que acolha e auxilie o processo de negociação.
"O nosso Presidente acredita que Israel é o único estado democrático que mantém ótimas relações tanto com a Rússia como com a Ucrânia e que pode ser usado para facilitar as negociações", disse Korniychuk.

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O embaixador acrescenta ainda que Jerusalém é preferível a Minsk porque a Bielorrússia é um aliado muito próximo da Rússia e, por isso mesmo, a Ucrânia não "acredita na legitimidade" do líder bielorrusso Alexander Lukashenko.
"Precisamos mesmo de alterar o local [do encontro] e acreditamos que Jerusalém seria um bom local", explica.
Israel "não aceitou nem rejeitou, está a ponderar, e esse é um sinal positivo", defende ainda o diplomata ucraniano.
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