António Capucho defende, no entanto, que o Presidente da República (PR) deve indigitar Pedro Passos Coelho.
O fundador do PSD, expulso do partido no ano passado por ter apoiado uma lista independente às eleições autárquicas para a câmara de Sintra, António Capucho - que nesta eleições apoiou António Costa - considera que a decisão cabe ao Parlamento.
António Capucho considera, ainda assim, que Cavaco Silva deve indigitar Passos Coelho
"Penso que o PR, apesar de tudo, deve indigitar Pedro Passos Coelho na justa medida em que foi o partido vencedor. Embora eu saiba que ele à partida parece não ter maioria assegurada e, em segundo lugar, há uma maioria de esquerda que ainda não conhecemos se está consumada ou não porque não conhecemos o acordo. A 'prova dos nove' far-se-á na Assembleia da República", afirma à TSF.
António Capucho admite que ficou "preocupado" quando o PS disse que "não tenciona divulgar o acordo". No entanto, continua, "prefiro ter estas dúvidas em relação a um governo de esquerda do que as certezas que tenho em relação a um governo de direita. A minha preferência seria, nesta fase transitória, seria um bloco central. Agora, um governo de direita com Pedro Passos Coelho, em que é mais do mesmo, cujo programa já sei qual é e que achei que foi o maior desgoverno que o país teve desde o Vasco Gonçalves, isso seria desastroso", critica.
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António Capucho diz que prefere a incerteza de um governo à esquerda
Sobre a possibilidade de um governo à esquerda, Capucho admite que "é um governo que nos deixa com bastantes dúvidas e incertezas, mas quem tem maioria absoluta na Assembleia da República são estes três partidos (PS, Bloco e PCP)", conclui.