Líder do PSD garante que vai iniciar o processo, se for eleito, logo após a ida às urnas de 10 de março, mas recusa fazê-lo já "só porque dá jeito eleitoralmente agradar a este ou àquele segmento".
Corpo do artigo
O presidente do PSD, Luís Montenegro, garante que apesar de ter o “compromisso muito forte” de negociar com as forças de segurança a atribuição de um suplemento, essa negociação só pode começar depois das eleições e não a semanas das mesmas “só porque dá jeito eleitoralmente”.
"O meu compromisso com as forças de segurança é um compromisso muito forte, de iniciar - ato imediato à nossa entrada em funções - um processo negocial com vista precisamente a fazer essa reparação", garantiu em declarações aos jornalistas em Setúbal.
O social-democrata defendeu que “não é nas quatro ou cinco últimas semanas anteriores às eleições que se vão assumir compromissos diretos de forma inequívoca, sem um processo negocial”, para “agradar a este ou àquele segmento”.
Explicada a posição, Luís Montenegro disse esperar que, ainda assim, os profissionais das forças de segurança “compreendam o sentido de responsabilidade” e de “compromisso” que diz ser demonstrado pelo PSD, que concorre em coligação com o CDS e o PPM às legislativas antecipadas de 10 de março.
Sobre as reivindicações, rejeita qualquer dúvida em torno da “justiça” das mesmas: “Há, de facto, uma injustiça que foi criada e uma desigualdade que foi criada e que tem que ser reparada.” Já a forma de a resolver, "tem de ser acertada em concertação com as estruturas sindicais”.
Os polícias da PSP e os militares da GNR reclamam o pagamento do suplemento de missão, à semelhança do que foi feito para a PJ.