Líder dos social-democratas considera que a UE deve facilitar a realização de eleições democráticas na Venezuela.
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O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu hoje que, no seio da União Europeia, Portugal "deve bater-se" pela "realização de eleições democráticas" na Venezuela, porque "o tempo do Maduro passou" e é preciso "passar a outro tempo".
"Aquilo que eu entendo é que, primeiro, Portugal deve alinhar com aquilo que for a posição da União Europeia (UE)" em relação à atual crise política na Venezuela, disse Rui Rio, em Évora.
Mas, no seio comunitário, "Portugal deve bater-se para que a União Europeia facilite a realização de eleições democráticas na Venezuela" e isto significa, segundo o líder do PSD, "constatar que o tempo do [Nicolás] Maduro passou e que temos que passar a outro tempo".
O presidente social-democrata falava aos jornalistas em Évora, numa unidade hoteleira, antes de uma reunião, à porta fechada, como militantes do partido.
Questionado sobre a situação de intranquilidade em Caracas, Rui Rio também destacou a importância de Portugal "acompanhar sempre a posição da UE" para "defesa dos portugueses, que são muitos", que residem naquele país.
Mas, insistiu, "a Venezuela tem, neste momento, uma oportunidade de poder caminhar para um regime democrático e para um desenvolvimento económico", contrariando aquele que "tem sido absolutamente desastroso".
"Aquele povo tem sofrido muito e acho que compete à comunidade internacional dar uma ajuda ao povo porque, caso contrário, não vejo como é que se consiga resolver a contento o problema. E a contento é em defesa do povo da Venezuela", sublinhou.
Questionado pelos jornalistas sobre se será prematuro reconhecer Juan Gaidó como presidente da Venezuela, Rui Rio insistiu: "É aquilo que eu entendo que Portugal se deve bater para que a UE faça".
"Entendo que Portugal, no seio da UE, deve-se bater para que a UE reconheça, efetivamente, Guaidó como líder da oposição e que acabou o tempo do Maduro".
Juan Guaidó autoproclamou-se na quarta-feira Presidente interino da Venezuela, perante milhares de pessoas concentradas em Caracas.