"Não acho que seja muito realista", refere a candidata à liderança do CDP-PP quando confrontada com o cenário de um regresso da coligação ao governo durante a atual legislatura. Propostas de alteração ao OE 2016 servem para mostrar que centristas não estão "simplesmente contra" o documento.
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"Eu penso que esse cenário [de ir para o governo sem eleições] tem de estar possivelmente em cima da mesa. Não acho que seja um cenário realista, mas naturalmente que o CDS, a seu tempo e se, porventura, alguma destas questões se colocar, avaliará a sua situação", afirmou Assunção Cristas.
A candidata à liderança do CDS-PP visitou esta quinta-feira a Feira Internacional de Turismo, em Lisboa, onde insistiu que centristas e social-democratas têm um mandato que resultou da escolha dos portugueses nas últimas eleições legislativas e que "estará sempre presente num quadro da atual legislatura".
"Com toda a franqueza, acho que não nos devemos preocupar excessivamente com esses aspetos. O meu foco de ação é o CDS, olhando para os problemas das pessoas, procurando ter respostas sérias, estudadas, com muita ambição e responsabilidade", acrescentou a vice-presidente do CDS-PP.
Quanto ao Orçamento do Estado para 2016, Assunção Cristas considera que as propostas apresentadas pelos deputados vão servir para que o partido mostre aos eleitores que não está "simplesmente contra" a proposta apresentada pelo executivo de António Costa.
"Naturalmente não podemos apresentar um Orçamento novo por completo, não faz sentido e não é o nosso papel, mas achamos importante sinalizar alguns aspetos para que as pessoas percebam qual é o nosso caminho", sublinhou a candidata a suceder a Paulo Portas a liderança do partido.
O 26.º Congresso do CDS-PP realiza-se a 12 e 13 de março, em Gondomar.