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O ministro da Defesa admitiu que Portugal, tal como outros países, não está suficientemente equipado para enfrentar os desafios do ciberespaço. Para João Gomes Cravinho, esse é um dos grandes desafios que se colocam atualmente à NATO.
Durante a Conferência "70 anos da Aliança Atlântica: da defesa coletiva à gestão de ameaças (in)comuns", organizada pelo Grupo de Estudos de Segurança e Defesa do ISCTE-IUL, o ministro comentou as palavras do professor e engenheiro informático José Tribolet , dizendo que "ele está a chamar a atenção para uma vulnerabilidade que é real. Nós todos sentimos isso em relação a Portugal e outros países. Não estamos suficientemente equipados para lidar com os desafios que se colocam no âmbito da cibersegurança e ciberdefesa."
João Gomes Cravinho sublinhou que, nesta área como noutras, Portugal também tem de participar no esforço de modernização para se conseguir proteger e anunciou que, até ao final do ano, o Ministério da Defesa vai quadruplicar o numero de efetivos no âmbito das forças armadas que são especialistas na área da cibersegurança. Até 2024 a ideia é decuplicar esses efetivos.
Há outras medidas que estão a ser preparadas, como a consulta dos maiores especialistas nesta área, entre os quais José Tribolet. João Gomes Cravinho defendeu que são os especialistas que mais podem ajudar a combater as insuficiências detetadas.
Nesta conferência, o ministro da Defesa reconheceu que a NATO tem hoje novos desafios e movimenta-se num enquadramento internacional completamente diferente do que existia há 70 anos, quando foi criada. Mas também quis deixar claro que a aliança se soube adaptar, remodelar e que continua a ser um pilar de estabilidade e segurança.
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