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Carlos Carvalhas disse, no programa Pares da República da TSF, que conhece "alguns documentos que o economista Eugénio Rosa entregou ao Banco de Portugal e ao ministro Vieira da Silva" e não compreende porque ainda não foi retirada a idoneidade a Tomás Correia, recentemente reeleito para a Associação Mutualista Montepio.
"Isto só pode ser explicado com o receio de alguma desestabilização no Montepio. Ou porque há uma rede de cumplicidades, ou há muitos rabos-de-palha, muitos amigos, e ele mantém-se. Mas é inaceitável", critica o antigo secretário-geral do PCP.
Carlos Carvalhas refere como motivos suficientes para o afastamento de Tomás Correia as "acusações de branqueamento de capitais", "uma investigação criminal do crédito concedido a José Guilherme" e "falhas de controlo conhecida".
"Se [Tomás Coreia] não sai pelo próprio pé", deve ser o Governo a "resolver "de imediato" a questão, defende Carvalhas. "Tem que sentar-se à mesa e resolver de imediato. Não pode andar mais umas semanas à espera de uma condenação", afirma Carlos Carvalhas.
No programa Pares da República , também o comentador Francisco Lousã considerou que o Governo tem poderes para tratar deste assunto. "Poderia e deveria. Se o poder é extrapolado para o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, que tem uma de tutela sobre a espécie de associativismo que o mutualismo representa, então devia fazê-lo", defendeu Louçã.
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Louçã considera ainda que Tomás Correia deveria perceber que "não deve ser eterno e o seu tempo já chegou".
Tanto Francisco Louçã como Carlos Carvalhas lembram que é preciso garantir a segurança dos depositantes, que "merecem respeito e cujos créditos e operações devem ser muito seguras". "Não deve haver incerteza", defendem.