Centeno e "Anita vai às compras"? "Anita banqueira" vai "passar a fatura a todos"

No programa Pares da República, Francisco Louçã e Carlos Carvalhas criticaram a forma como Mário Centeno comparou o investimento ao livro "Anita vai às compras".

A poucos dias da apresentação do Programa de Estabilidade (PE), e em ano eleitoral, a esquerda "não espera grande coisa" do documento assinado por Mário Centeno.

Francisco Louçã considera que o Governo vai disfarçar eventuais medidas difíceis e "jogar numa espécie de biombo eleitoral".

"Todas as medidas que possam ser lidas como restritivas serão embrulhados numa maravilhosa fábula", antevê o antigo dirigente do Bloco de Esquerda, em declarações no programa da TSF Pares da República.

Louçã duvida, por exemplo, que António Costa se comprometa no PE a aumentar os salários da Função Pública.

Já Carlos Carvalhas, no mesmo programa da TSF, disse não esperar "grande coisa" do Programa de Estabilidade, denunciando a falta de investimento durante esta legislatura. O antigo Secretário-Geral do PCP lembra, hoje, na entrevista ao jornal Público , o ministro das Finanças adiantou o Governo vai já incluir, no Programa de Estabilidade uma despesa de 1100 milhões com o Novo Banco.

"Diz-nos que vai com a Anita aumentar 1100 milhões. Em relação ao Novo Banco, a Anita vai mesmo às compras, mas a Anita passa-nos a fatura a todos", diz Carvalhas.

"É a Anita Banqueira", ironizou Francisco Louçã, para quem Centeno foi "ligeiro" na comparação entre investimento e o livro "Anita vai às compras".

"É claro que não é como ir às compras, o investimento tem que ser muito bem preparado. O ministro não devia portanto desvalorizar como se fosse uma espécie de historieta infantil. Os gastos devem ser feitos no tempo próprio".

"Porque é que ele deixou mil milhões de euros por usar?"Questiona Francisco Louçã lembrando que "o parlamento autorizou dois mil milhões de folga de défice orçamental e Centeno utilizou metade".

Para Carlos Carvalhas, o ministro das Finanças procurou justificar o facto de não ter investido e de ter previsto o que crescimento do investimento em 40 por cento, quando ficou nos 10 por cento".

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de