A Comissão Parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) - uma proposta de caráter potestativo apresentada por PSD e CDS-PP - toma posse na terça-feira, dia 5 de julho, pelas 17 horas. A decisão foi tomada durante a conferência de líderes parlamentares.
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À saída do encontro desta manhã, Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, disse que a decisão dá aos trabalhos parlamentares "toda a regularidade", salientando que a data permite o início da Comissão ainda durante a atual sessão legislativa.
O líder parlametar do PSD dizque não havia razões para continuar a adiar o início da comissão parlamentar
"Não havia nenhuma razão, quer do ponto de vista substantivo, quer político, para adiar essa decisão. Houve aqui alguns dias que poderiam ter sido aproveitados, mas não é hoje a altura para estarmos a lamentar esta circunstância", afirmou.
Perante os jornalistas, Luís Montenegro insistiu ainda na tese de que o inquérito parlamentar à CGD "não enfraquece" o banco público, defendendo que "fortalece a confiança que é preciso que os portugueses tenham".
Luís Montenegro comenta o parecer apresentado hoje na 1ª comissão que dá como inconstitucionais as auditorias externas propostas por PSD e CDS-PP ao Banif e à Caixa
"Vai ter um objeto muito abrangente, que passa por irmos à procura das origens das necessidades de financiamento que hoje são sentidas na Caixa e que abarca o processo de recapitalização, nomadamente no que é a sua fundamentação e as decisões tomadas entretanto nesse domínio - quer no que diz respeito à reestruturação quer à injeção de capital", acrescentou.
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Já pelo CDS-PP, o líder da bancada, Nuno Magalhães, afirmou que o arranque dos trabalhos eleva a discussão para um patamar institucional.
Pelo CDS. Nuno Magalhães diz que a discussão vai ser feita no sítio correto: no parlamento
"Vai ser institucionalmente discutida onde tem de ser discutida, que é na comissão de inquérito. Deixará de ser discutida, por exemplo, em conferências de imprensa marcadas para uma hora e meia antes de um jogo de futebol e passará a ser discutida pelos deputados. Eu acho isso importante".