Costa: Estado não tem que "fomentar" Ensino Privado e Cooperativo

Sem se referir diretamente aos contratos de associação, o primeiro-ministro sublinhou que a "Constituição é clara" quando responsabiliza o Estado por uma "rede pública de Educação".

"A Constituição é muito clara na distinção: Ao Estado incumbe o desenvolvimento de uma rede pública, mas o Estado é obrigado a respeitar e a reconhecer os ensinos privado e cooperativo, embora não incumba ao Estado fomentá-los", sem uma referência direta à polémica sobre os contratos de associação, o recado que António Costa quis deixar foi claro: a Constituição não obriga o Estado a "fomentar" o ensino particular ou cooperativo.

António Costa salienta que a Constituição atribui ao Estado dever de criar rede pública de Educação

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O primeiro-ministro considera que "a educação é uma das áreas onde melhor se ilustra a correlação das políticas públicas e o programa constitucional".

No Fórum das Políticas Públicas, organizado pelo ISCTE, e este ano, realizado no Parlamento, para assinalar os 40 anos da Constituição, António Costa referiu também a Saúde e Segurança Social, mas foi a Educação que ocupou a maior parte da intervenção do primeiro-ministro.

Na leitura de António Costa, o Estado deve montar uma rede pública de acesso universal, "sem prejuízo de reconhecer e fiscalizar os ensinos privado e cooperativo".

"A Educação deve contribuir para assegurar a igualdade de oportunidades. Por isso, a Constituição fala-nos na educação, quer como liberdade de cada um, quer como direito de todos, mas diz mais: que incumbe ao Estado a obrigação de criar uma rede de estabelecimentos públicos de ensino que abranja as necessidades de toda a população", sublinhou Costa.

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