A Galp explica que os convites que faz, no âmbito do patrocínio à Seleção Portuguesa de Futebol, são comuns e seguem as melhores práticas internacionais.
Relacionados
Assunção Cristas quer ouvir Governo no parlamento sobre as viagens da Galp
Secretários de Estado têm de se "afastar" de todas as decisões que afetem a Galp
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, e também João Vasconcelos, o secretário de Estado da Indústria, assistiram a jogos do Euro2016 a convite da GALP.
Numa nota enviada esta manhã à TSF, depois de questionada sobre os critérios para a atribuição destes convites, a petrolífera recusa comentar casos individuais, mas adianta que estas ofertas servem para "reforçar a visibilidade e impacto" do apoio à Seleção Nacional.
A empresa esclarece que os convites são enviados "a pessoas e instituições com as quais a Galp se relaciona. Entre os convidados encontram-se parceiros de negócios, fornecedores e prestadores de serviços, agências de publicidade, representantes institucionais e dezenas de clientes, grandes e pequenos".
A petrolífera garante que "este tipo de iniciativas é comum e considerado aceitável no plano ético das práticas empresariais internacionais".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
A Galp acrescenta ainda que é hábito fretar um voo charter para transportar os convidados. O voo é de acesso generalizado, "sem qualquer segredo ou tratamento diferenciado, partindo e regressando no próprio dia do jogo".
A explicação enviada à TSF termina com a garantia da empresa de que "a única coisa que a Galp pretende com todos e com cada um destes convites é fomentar o espírito de união em torno da Seleção Nacional, cujos valores se coadunam com os da marca Galp".
Para além de Rocha Andrade, também João Vasconcelos, o secretário de Estado da Indústria, admitiu que viu um jogo do Europeu de Futebol a convite da petrolífera. O responsável garantiu ao jornal Público que pagou a viagem e já pediu esclarecimentos à Galp sobre despesas adicionais para pagar o remanescente.
Também Rocha Andrade garantia esta quarta-feira que vai reembolsar a empresa.
Os dois partidos da oposição não querem que este caso que encerrado com a devolução do dinheiro. O CDS, pela voz de Telmo Correia, já pediu a demissão do secretário de Estado. O PSD vai pedir esta quinta-feira explicações ao Governo pela via parlamentar.