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Era um chumbo antecipado depois do debate de ontem, onde CDS e PCP foram claros na rejeição e o PSD tinha invocado a possibilidade de auto cultivo para uso pessoal, prevista nos dois diplomas, para optar pelo chumbo.
Em plenário, o PS e o deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira abstiveram-se e o Bloco de Esquerda (BE) e o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) votaram a favor dos projetos e foram acompanhados por 25 deputados do PS (no caso do diploma bloquista) a que se juntou também Pedro Delgado Alves no projeto do PAN.
Entre os socialistas que votaram a favor estão, por exemplo, a porta-voz do PS Maria Antónia Almeida Santos, os antigos governantes Manuel Caldeira Cabral e Fernando Rocha Andrade, além de outros deputados como João Soares, Isabel Moreira, Edite Estrela, José Magalhães, Ascenso Simões e Fernando Anastácio.
Na bancada do PS, oito deputados votaram contra, entre eles, Miranda Calha, Vitalino Canas, Ulisses Pereira e Maria da Luz Rosinha.
O Bloco de Esquerda defendia que a venda de canábis deveria ser feita em estabelecimentos licenciados para o efeito, que "devem ter, apenas e só, como atividade principal o comércio de plantas, substâncias ou preparações de canábis", enquanto o PAN considera que a venda "deve ocorrer exclusivamente em farmácias, porque são pontos de venda neutros", onde há profissionais habilitados para prestar esclarecimentos.
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Os dois partidos defendem que a venda deste produto só pode ser feita a maiores de 18 anos e que não padeçam de doença psíquica e previam ainda a possibilidade de autocultivo, para uso pessoal, até um limite máximo de cinco plantas por habitação própria e permanente (no caso do BE) e seis plantas de acordo com o diploma do PAN.