Manuel Pizarro rejeitou este domingo a "ideia redutora e sectária" de que o partido fica enfraquecido por não apresentar candidato próprio à Câmara do Porto nas autárquicas do próximo ano, defendida em entrevista à TSF e ao DN por José Luís Carneiro, atual secretário de Estado das Comunidades e antigo responsável socialista no distrito.
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"Estou em completo desacordo com essa ideia, que é redutora, sectária e que até explica um pouco porque é que os partidos têm uma crise de representação perante os cidadãos", defendeu o presidente da Federação Distrital do Porto do Partido Socialista.
Manuel Pizarro rejeita ideia de que PS fica prejudicado por não apresentar candidato no Porto nas próximas autárquicas
Pizarro considera que "a obrigação de um partido no Porto como o PS é colocar o interesse da cidade e das pessoas da cidade à frente de uma visão estreita sobre o interesse partidário".
"É por isso que nós nos sentimos tão bem a participar na governação autárquica com Rui Moreira, porque tem correspondido às necessidades e aspirações das pessoas do Porto", justifica o antigo secretário de Estado da Saúde.
Pizarro nega que o PS arrisque perder apoio dos militantes da cidade, garantindo que tem sentido "um aumento do reconhecimento das pessoas da cidade pela atitude que o Partido Socialista tem tido".
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"Nós não podemos proclamar que o interesse geral deve suplantar o interesse partidário e depois fazer cálculos com base no interesse partidário mais imediato", sustenta, concluindo que "o PS está a honrar os seus princípios e a cumprir o seu programa, porque se dá o acaso feliz de que o programa de Rui Moreira e do PS são similares do que desejamos para a cidade do Porto".
A direção nacional do PS, contactada pela TSF, limita-se a dizer que a "a decisão está tomada e o partido tudo fará para obter o melhor resultado nas eleições autárquicas", sem acrescentar qualquer comentário.