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Um dia depois de vincar que as suas palavras "não são como os iogurtes, que têm validade de 30 dias", para reiterar a confiança política no secretário-geral do PSD, Rui Rio respondeu em alemão às novas perguntas dos jornalistas sobre o caso José Silvano.
Em passo apressado, à entrada para o congresso do PPE, que termina esta quinta-feira em Helsínquia, não cedeu aos apelos para falar em português, insistindo naquela que é a sua segunda língua.
As questões colocadas ao líder social-democrata incidiam sobre a decisão da Procuradoria-Geral da República de analisar o caso do deputado e secretário-geral do PSD, José Silvano, envolvido na polémica sobre falsas presenças em plenários do parlamento , para decidir "se há algum procedimento a desencadear". Segundo o jornal Observador, a resposta do presidente do PSD foi lacónica... e em alemão: "Ich weiss nicht, was sie sagen" ("Não sei do que falam").
Já esta quarta-feira, José Silvano voltou a assinar a folha de presença, na comissão eventual para a Transparência, mas não assistiu à reunião. O parlamentar chegou à hora do início da reunião, 14h00, assinou a lista de presenças e deixou a sala onde decorreu a reunião, que se prolongou até cerca das 16h00, sem sequer chegar a sentar-se, e não mais voltou.
Questionado, nos corredores da Assembleia da República, sobre os motivos da sua ausência da reunião, Silvano disse apenas que esteve a fazer trabalho político, sem querer especificar qual.
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Instado a explicar como pode ter sido usada a sua 'password' para registar presenças em plenário em dias em que esteve ausente, José Silvano considerou "não ter mais nada a explicar" e disse estar "de consciência tranquila e com energia para continuar".
Na terça-feira, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, informou que pediu explicações aos serviços do parlamento sobre alegadas discrepâncias nos registos de presenças do deputado José Silvano , que concluem que outra pessoa terá utilizado a sua palavra-passe.
No mesmo dia, o próprio deputado e secretário-geral do PSD rejeitou que se tenha aproveitado de dinheiros públicos , sem explicar como existe uma falsa presença sua em plenário registada no parlamento, nem como a sua 'password' foi usada por terceiros.