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André Ventura confirmou à TSF que até ao final do mês de outubro vai renunciar ao mandato de vereador na Câmara Municipal de Loures para criar um novo partido político. O político avançou ainda que esta terça-feira à tarde "vai fazer um comunicado" a oficializar a iniciativa e "começar de imediato a recolha de assinaturas e os convites individuais para integrar a nova estrutura" que prepara.
A notícia foi avançada esta terça-feira pelo jornal i, que conta que o novo partido se chamará "Chega" - o mesmo nome que deu ao movimento de recolha de assinaturas para a convocação de um congresso extraordinário do PSD, com o intuito de depor o presidente social-democrata, Rui Rio.
André Ventura abandona o PSD em rutura com a liderança de Rio e isolado no PSD de Loures e na distrital de Lisboa, que se demarcaram da iniciativa de recolha de assinaturas para a destituição do presidente do partido. O jornal i relata que o até agora vereador da câmara de Loures, eleito pelas listas do PSD, se terá sentido "traído e apunhalado".
O "Chega" pretende apresentar-se como uma alternativa para os sociais-democratas, demarcando-se da posição de Rui Rio, que se tem mostrado disponível para dialogar com o Governo socialista em várias matérias. O i aponta que André Ventura quererá, antes de mais, "evitar uma nova maioria de esquerda" nas próximas eleições legislativas, em 2019.
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Mas quais são mesmo as orientações políticas que estão por trás do "Chega"? Segundo fontes próximas de André Ventura ao i, o novo partido irá defender medidas como o regresso da "prisão perpétua para homicidas e violadores", a "castração química para pedófilos", a "proibição constitucional da eutanásia" e a "proibição do casamento homossexual". André Ventura defenderá também uma reforma total do sistema fiscal - para que, efetivamente, "todos contribuam" para este - e ainda uma "redução drástica" dos mandatos políticos e da sua limitação, propondo a diminuição do número de deputados da Assembleia da República dos atuais 230 para apenas 100 deputados.
De acordo com o i, André Ventura irá começar a recolha de assinaturas para a constituição do "Chega" já este mês, de modo a que o novo partido possa já participar no próximo ato eleitoral, as eleições europeias de 2019.
Notícia atualizada às 11h30.