O PSD acusou esta manhã o Partido Socialista de "masoquismo político" e de ser o autor "do maior ato falhado" no parlamento ao convocar um debate sobre Sistema Financeiro e nada revelar sobre a situação da banca ou a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
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Luís Montenegro, líder da bancada social-democrata, criticou os partidos que suportam o governo de "terem medo" da realização de uma auditoria externa à Caixa e reiterou várias perguntas sobre o futuro do banco público.
Luís Montenegro do PSD deixou críticas e várias perguntas sobre a situação da CGD
"Vamos continuar sem saber qual é o montante da recapitalização da CGD", questionou Montenegro. "Qual o montante que têm para a reestruturação da CGD? O que vão fazer aos balcões e aos recursos humanos? Como vão alicerçar a operação bancária da Caixa?", acrescentou, acusando o PS de marcar o debate sem dar qualquer resposta. "Isto é mesmo um ato falhado", concluiu.
O PS, em resposta, acusou a direita de promover "um apagão de responsabilidades", referindo os quatro de anos de governo PSD/CDS. O socialista Eurico Brilhante Dias recuou no tempo para descrever uma "herança ruinosa" no sector da banca, que nas palavras do deputado deu origem à atual situação do banco publico.
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Eurico Brilhante Dias do PS acusa a direita de promover "um apagão de responsabilidades"
"Os senhores deixaram a Caixa Geral de Depósitos sem capital e numa situação de fragilidade, à beira da privatização que queriam fazer", salientou.
Na mesma linha, Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e Miguel Tiago, do PCP, teceram inúmeras críticas à herança PSD/CDS, num debate, num debate morno, feito de troca de acusações, em que se falou mais de passado do que do futuro e com a bancada de governo totalmente vazia.