"PSD deve vender a alma ao diabo para pôr a esquerda na rua"

A antiga presidente do PSD afirmou que os sociais-democratas devem fazer tudo para tirar comunistas e bloquistas do poder.

Manuela Ferreira Leite afirmou que o PSD pode "vender a alma ao diabo" para acabar com o acordo de governação à esquerda.

Em entrevista à TSF, a antiga líder social-democrata reagiu desta forma à vitória de Rui Rio na presidência do PSD e às suas declarações sobre a viabilização de um governo PS, caso o PSD não ganhe as próximas eleições legislativas.

Ferreira Leite considerou a vitória de Rui Rio sobre Santana Lopes, no último sábado, muito importante para recentrar o partido. A antiga presidente do PSD entende que o resultado das eleições mostra um desejo de mudança dos militantes sociais-democratas e elogiou Rui Rio por ter sido claro, no desejo de tirar o poder à esquerda.

Manuela Ferreira Leite considera que as palavras do novo presidente do PSD mostraram uma vontade de triunfo nas próximas legislativas, seja sozinho ou em coligação com o CDS-PP. Mas que, se isso não acontecer, fará tudo para "tentar pôr a esquerda na rua".

"Da mesma forma que o Bloco de Esquerda e o PCP têm vendido a alma ao diabo, exclusivamente com o objetivo de pôr a direita na rua, eu acho que ao PSD lhe fica muito bem se vender a alma ao diabo para pôr a esquerda na rua", declarou Manuela Ferreira Leite, na TSF.

"Acho que ele fez exatamente aquilo que devia, que fez muito bem em tê-lo dito", afirmou, "é aquilo que a gente espera de um líder social-democrata, é isso que eu espero dele".

"É bom vender a alma ao diabo para pôr a esquerda na rua", reforçou.

As declarações de Rui Rio de que viabilizará um governo socialista caso o PSD não vença as próximas eleições legislativas geraram uma onde de polémica dentro e fora do partido e foram um dos principais temas na campanha para as eleições internas do PSD.

Rui Rio e Pedro Santana Lopes foram a votos no último sábado, para a escolha do novo líder social-democrata. Rui Rio foi eleito vencedor, com 54,3% da votação.

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