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Apesar de considerar que a moção de censura não tem qualquer efeito prático, os sociais-democratas decidiram apoiar os centristas. David Justino explica porquê.
A moção de censura ao Governo é "um instrumento que não devia ter sido aplicado agora", considera o vice-presidente da direção do PSD, mas "não faria sentido absolutamente nenhum" não apoiar o CDS.
Esta segunda-feira no Fórum TSF , conduzido por Manuel Acácio, David Justino admite que "o efeito prático [da moção de censura] é nulo" e "ajuda muito pouco" a resolver os problemas dos portugueses.
"Este Governo tem-se portado mal", mas só nas urnas poderá ser derrubado, afirma.
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Por outro lado, David Justino não vê contradição em apoiar um mecanismo para derrubar o Governo que não terá qualquer efeito na prática.
"Se fosse só pela oportunidade não votaríamos, mas como não é pela oportunidade, é é pelo conteúdo e pelo objetivo, não temos problema nenhum em votar."
Questionado a propósito das palavras de Luís Marques Mendes, que este domingo disse que o PSD faria "papel de idiota" se apoiasse o CDS, David Justino recusa "comentar comentadores".
"O Dr. Marques Mendes às vezes faz papeis parecidos com esse que apregoa."
Ouça aqui a intervenção de David Justino no Fórum TSF
O PSD anunciou esta segunda-feira que vai votar a favor da moção de censura ao Governo anunciada pelo CDS-PP, que vai ser discutida no Parlamento na quarta-feira.
Numa nota enviada à agência Lusa, o Grupo Parlamentar do PSD diz que na discussão da moção "voltará a repetir as críticas que tem vindo a fazer ao Governo e, consequentemente, votará a favor de uma censura à política socialista que tem vindo a ser seguida".
Por outro lado, o PSD assume que, "como é por demais evidente, a moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS não tem qualquer efeito prático".
"A par de algumas notícias, a sua única consequência é a realização de um debate regimental na Assembleia da República na próxima quarta-feira", refere ainda a bancada social-democrata.