O secretário de Estado da Defesa Nacional acusou o PSD, esta terça-feira no Fórum TSF, de ter "cavalgado" uma notícia mal explicada, publicada pelo jornal Expresso.
Fórum TSF: a intervenção do secretário de Estado da Defesa na íntegra
O semanário Expresso divulgou, no último sábado, um relatório - que atribui aos "serviços de informações militares" - com cenários "muito prováveis" de roubo de armamento em Tancos e com duras críticas à atuação do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, na sequência do caso conhecido em 29 de junho.
"Assistimos a uma ação concertada do Partido Social Democrata, do principal partido da oposição, que tinha a obrigação de ter uma responsabilidade acrescida na forma como trata estes temas", afirmou o secretário de Estado. "Primeiro, com a tragédia que sucedeu em Pedrógão. Depois, com este incidente grave nos paióis nacionais em Tancos".
O secretário de Estado da Defesa pede esclarecimentos ao jornal Expresso e responsabilidade ao PSD
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Marcos Perestrello disse que o objetivo do partido de Passos Coelho é "atacar o governo sem olhar a tudo o que fica pelo caminho". O secretário de Estado da Defesa lamentou que as Forças Armadas estejam a ser usadas como "arma de arremesso político" e garantiu que o Ministério da Defesa está fazer tudo o que pode ser feito.
O Secretário de Estado da Defesa desafia o Expresso a explicar a origem do documento publicado
O secretário de Estado da Defesa sugeriu ainda ao líder do PSD que faça oposição ao governo com base "naquilo que o governo, efetivamente, faz" e não em notícias que não estão fundamentadas.
"O líder do PSD tem que ter um papel mais relevante na sociedade portuguesa do que mero comentador de notícias de jornais. Não é isso que se espera do líder do principal partido da oposição", atirou Marcos Perestrello.
Capitães de Abril lamentam "luta política"
Ouvido esta terça-feira no Fórum TSF, Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, diz que o PSD "sabe bem que o relatório [publicado pelo Expresso] não é oficial".
O capitão de Abril considera que a situação se trata de "um facto político".
Vasco Lourenço diz que "o sentido de Estado dos políticos "fica muito por baixo": "não querem saber se destroem a imagem das Forças Armadas".
O capitão de Abril Vasco Lourenço considera que o caso Tancos resvalou para uma luta política
Vasco Lourenço acusa ainda as chefias militares de falta de capacidade para "esclarecer, de uma vez por todas, o que se passou, assumirem responsabilidades naquilo que da sua parte correu mal e denunciar essa farsa".