A conclusão é de um estudo do Observatório de Inserção Profissional dos Diplomados da Universidade Nova de Lisboa sobre empregabilidade e inserção profissional, que será apresentado esta quinta-feira.
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A maioria dos licenciados da Universidade Nova de Lisboa trabalha no privado, no setor da prestação de serviços e continua a estudar.
Em termos globais, o estudo mostra que, sete em cada dez diplomados (licenciados, mestres e doutores) da Universidade Nova de Lisboa estão inseridos no mercado de trabalho, um ano após a conclusão dos respetivos graus académicos.
Entre aos licenciados, o estudo demonstra que 40,1% dos inquiridos estavam no mercado de trabalho ao fim de um ano, 36,3% estavam inativos (nem empregados nem ativamente à procura de emprego), 18,6% desempregados e 5% eram bolseiros. Porém, 39% dos licenciados empregados ainda estudava, quase 60% dos licenciados desempregados tinham optado por prosseguir os seus estudos e 75% dos licenciados inativos tinham feito o mesmo.
No caso dos mestres, 85,6% estavam no mercado de trabalho ao fim de um ano, 8,7% estavam desempregados, 5,1% inativos e 0,6% eram bolseiros. Entre os doutorados, 92,3% estavam empregados, 3,1% desempregados, 2,3% inativos e 2,3% eram bolseiros.
Emprego por setores de atividade
O estudo sobre empregabilidade e inserção mostra igualmente que entre os licenciados, onde o privado absorve um pouco mais de metade seguido pela administração pública, 24% trabalhavam na prestação de serviços a empresas, 15,6% no setor do comércio, restaurantes e hotéis, 14,4% na educação. Seguiam-se depois serviços artísticos e culturais (9,3%), a banca e seguros (8,2%) e outros setores com menor expressão.
No caso dos mestres, 20% dos inquiridos estavam no setor da educação, 19,7% no setor da saúde e ação social, 18,5% no setor de serviços e 15,6% na indústria transformadora. Também aqui o setor privado é responsável pelo recrutamento de metade dos mestres.
Entre os doutores, o setor da educação absorvia 76,7% dos doutorados, seguindo-se depois os setores da saúde e ação social e dos serviços artísticos e culturais com 5% e 4,2% respetivamente. Ao contrário dos graus académicos anteriores, neste caso, era o setor público que predominava.
Vencimentos
O resultado deste inquérito mostra também que um diplomado da Universidade Nova de Lisboa, com idade compreendida entre os 15 e o 34 anos, ganhava em média 1.184 euros líquidos.
Enquanto que a média nacional para a mesma faixa etária, de acordo com do Instituto Nacional de Estatística, referentes ao 2º trimestre de 2013, situa-se nos 904 euros.
Ficha técnica:
O estudo elaborado pelo Observatório de Inserção Profissional dos Diplomados da Universidade Nova de Lisboa, sobre empregabilidade e inserção, teve por base entrevistas telefónicas a pouco mais de dois terços dos 3150 diplomados no ano letivo 2010/2011, licenciados, mestres e doutorados um ano após a conclusão do grau académico. Teve uma taxa de resposta de 67,2% com níveis de confiança de 95% e margens de erro abaixo dos 5%.