Aguiar Branco culpa o anterior Governo pelas medidas anunciadas esta semana que afectam a carreira militar e, por isso, entende, «deve um pedido de desculpas às Forças Armadas».
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«Há situações que vieram do anterior Governo que podiam ter sido evitadas e ao ser evitadas não teríamos um problema sério como este que tivemos de resolver esta semana», disse o ministro da Defesa aos jornalistas, à margem da cerimónia comemorativa do Dia da Arma de Infantaria e da Escola Prática de Infantaria, que decorreu em Mafra.
No entender do titular da pasta da Defesa, «o anterior Governo deve um pedido de desculpas às Forças Armadas», pois as medidas anunciadas esta semana - o congelamento da progressão de carreiras, os cortes na despesa, a suspensão da abertura do primeiro ciclo do ensino básico do colégio militar - «podiam ter sido evitadas e as Forças Armadas poderiam não estar confrontadas com este problema».
O ministro referiu, a este propósito, que o Governo decidiu na passada quinta-feira, na reunião do Conselho de Ministros, «que não haveria lugar a qualquer devolução» de verbas inerentes às promoções entretanto feitas nos vários ramos desde 2010.
«Era uma matéria que preocupava o Governo e muito importante no que diz respeito à análise e resolução deste assunto, e decidimos que não há lugar a devolução», reiterou Aguiar Branco.
Neste sentido, o Executivo irá trabalhar no sentido de «encontrar agora as soluções em concreto para futuro. Foi isso que foi deliberado no Conselho de Ministros».
Aguiar Branco comprometeu-se, por isso, «a estudar caso a caso para que se possam acomodar as situações para futuro».
A TSF procura, até ao momento sem sucesso, uma reacção do anterior ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, a estas declarações.