A decisão foi tomada esta madrugada, na sequência da recusa dos alunos em almoçarem com o primeiro-ministro no passado dia 24 de março. Depois de ter faltado ao almoço, a Associação diz que foi recebida com hostilidade e repressão pelo movimento de estudantes a nível nacional.
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Os estudantes aprovaram na noite de segunda para terça-feira, em assembleia magna, a saída da Associação Académica de Coimbra (AAC) do movimento associativo nacional, devido à rutura com as restantes associações após a rejeição de um almoço com Passos Coelho.
A rutura com o movimento surgiu após a recusa da AAC em almoçar com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no Dia do Estudante, 24 de março. Perante essa decisão, a academia foi recebida com "hostilidade e repressão" dentro do seio do movimento associativo, não tendo visto "vontade de se trabalhar em conjunto por parte de algumas estruturas".
Segundo a moção a que a agência Lusa teve acesso, é também proposta a criação de um livro de reivindicações, agenda de reuniões com todos os partidos candidatos às legislativas e um roteiro pelo país com o intuito de reunir com "diversas entidades ligadas ao ensino superior e à juventude", para auscultar as mesmas e receber "apoio para as suas propostas" em matéria de educação.
Durante a apresentação da moção, na assembleia magna, o presidente da AAC, Bruno Matias, sublinhou que a forma como a academia foi recebida por parte das outras associações deixou-o "perplexo", recordando que lhe foi exigido "um pedido de desculpas" pela decisão de ter recusado almoçar com Passos Coelho.
O dirigente estudantil afirmou também que, após essa opção, o movimento associativo marcou uma reunião com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), a 19 de maio, sem dar conhecimento à AAC, devido "ao seu registo agressivo".
O caminho será, garante Bruno Matias, junto "dos estudantes", "sozinhos ou acompanhados".