A comissão de trabalhadores da base das Lajes não teve ainda uma confirmação oficial, mas espera que o Governo não fique de braços cruzados.
Corpo do artigo
«O Estado português não pode ter uma atitude passiva e submissa perante ua proposta norte-americana. Esperamos sinceramente que Portugal tenha a intenção de negociar esse plano», defende João Ormonte, o presidente da comissão de trabalhadores portugueses na base das Lajes, em declarações à TSF.
O jornal Expresso adianta na edição deste sábado que dos 800 elementos na base das Lajes, os Estados Unidos querem manter apenas 160, poupando cerca de 70 milhões de euros por ano.
Ameaçados de desemprego, estão cerca de 300 trabalhadores portugueses, mas o Expresso adianta ainda, citando o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), que os Estados Unidos vão tentar manter a maioria dos empregos até ao verão de 2014.
João Ormonte sublinha que não tem confimação oficial de qualquer número, mas deixa um recado ao Governo português: Portugal não pode ficar de braços cruzados.
O porta-voz do MNE, Miguel Guedes, adiantou ontem à agência Lusa que o governo português foi informado da decisão dos Estados Unidos e agora, vai analisar o assunto.
Esta semana, o presidente do governo regional Vasco Cordeiro já tinha pedido ao Governo da República um comprometimento total nesta matéria.
O presidente da câmara da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, disse ontem à TSF que antevê um efeito devastador com a retirada dos Estados Unidos da base das Lajes e também insistiu na ideia da negociação.