A iniciativa partiu da Federação Distrital de Viseu como forma de protesto contra o que diz ser um tratamento discriminatório por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
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Em causa está o pagamento do serviço de GPS que, depois de terminar o financiamento de fundos europeus, passou a ser suportado pelas corporações.
No entanto, de acordo com o presidente da Federação Distrital de Viseu, os bombeiros da Guarda e Vila Real estão a receber 144 euros para cobrir essa despesa.
À TSF, Rebelo Marinho criticou, por isso, a Proteção Civil por ainda não ter explicado a situação e por não tratar todos da mesma maneira.
«Julgamos ser um tratamento parcial e discriminatório por parte da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Nessa circunstância, [a federação] oficiou a Autoridade solicitando-lhe para que tivesse para connosco o mesmo tratamento que tem para com as outras associações de bombeiros [da Guarda e Vila Real], porque acreditamos que não há bombeiros de primeira e de segunda. Depois de dois ofícios, a resposta da Autoridade é o silêncio absoluto», referiu.
Rebelo Marinho responsabilizou ainda a Autoridade Nacional de Proteção Civil pelo que possa vir a acontecer no futuro, alertando que o combate a incêndios na região pode ficar prejudicado.
«Pode estar mais dificultada na medida em que a Autoridade poderá não acionar os meios disponíveis com a mesma rapidez e prontidão porque não sabe onde estão. Acresce a isto que a segurança das viaturas de bombeiros», alertou.
O presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Viseu diz que até haver uma explicação por parte da Proteção Civil vão manter os GPS's desligados.
Contactada pela TSF, a Autoridade Nacional de Proteção Civil garante que a decisão tomada pela Federação de Viseu não representa uma diminuição da eficácia do socorro ou qualquer alteração aos procedimentos em vigor porque nunca houve ligação entre os equipamentos instalados nos veículos dos bombeiros de Viseu e os sistemas em uso na Proteção Civil.
Numa nota enviada à redação, a Autoridade esclarece ainda que apenas suporta os custos de manutenção e comunicações com os GPS de Vila Real, instalados graças a um donativo de 50 mil euros de uma empresa privada, confirmando que em 2008 comprou com a ajuda de fundos comunitários, um sistema de georeferenciação para os bombeiros da Guarda mas que terminados os dois anos de garantia nunca pagou mais nada.