
A diretora-geral da DGS, Graça Freitas, durante a conferência de imprensa
António Cotrim/Lusa
Um teste sorológico só deverá ser feito quando ocorre uma subida no nível de anticorpos, e, neste momento, não se sabe o momento exato em que os doentes entram em convalescença, assegura a DGS.
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Testes sorológicos experimentais têm sido desenvolvidos em Pádua e Verona, duas zonas de grande e já longa exposição ao novo coronavírus, mas Graça Freitas ainda não está segura de que este tipo de testes é eficaz para indicar imunidade ao vírus.
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De acordo com a diretora-geral da saúde, um teste sorológico só deverá ser feito quando ocorre uma subida no nível de anticorpos, e, neste momento, não se sabe o momento exato em que os doentes entram em convalescença, nem o dia em que o nível destas glicoproteínas começa a restabelecer-se.
No entanto, a responsável da autoridade sanitária ressalvou, na habitual conferência de imprensa diária, que este instrumento ainda pode vir a ser "muito útil" e a "prova final" de que a pessoa entra de facto em convalescença.
Nesta altura, ainda não se sabe quem fica imunizado ao novo coronavírus. "Claramente não", vinca Graça Freitas, e explica: os inquéritos sorológicos, que implicam tirar sangue a uma grande parte da população, ainda não foram afinados o suficiente para que indiquem o nível de anticorpos "que é protetor".
A responsável diz, ainda assim, que o Instituto Ricardo Jorge está a afinar testes para determinar o nível protetor dos anticorpos. Graça Freitas salienta a necessidade de aprender com o histórico dos outros países, sobretudo os mais afetados, mas considera precoce arriscar qual será o nível protetor de anticorpos, e só com "muitas repetições" destas análises será possível apurar as defesas necessárias para a imunização.