Os administradores hospitalares estranham a decisão do Ministério da Saúde e lembram que um seguro coletivo traria mais vantagens.
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O Governo quer passar para as entidades onde é feita a colheita de sangue, a responsabilidade de fazer o seguro aos seus dadores.
A ordem já está publicada em Diário da República, um decreto-lei segundo o qual todos os dadores de sangue têm de estar cobertos por seguro no prazo máximo de dois meses.
De acordo com o diploma, cabe às entidades que fazem a colheita de sangue contratar e manter em vigor um seguro de responsabilidade civil e outro de acidentes pessoais.
Para a associação que representa as administrações dos hospitais, o Estado, neste caso, deveria optar por um contrato único que abrangesse todas as unidades e não deixar à responsabilidade de cada entidade a contratação de um seguro.
Ouvida pela TSF, Marta Temido, diz que isso já acontece noutras áreas da saúde e as vantagens são evidentes, nomeadamente dos prémios de seguro contratados.
Marta Temido, presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, teme ainda que as seguradores torçam o nariz à assinatura de um contrato, já que a experiência lhe diz que, em relação à saúde, o mercado dos seguros é muito cético.