Os diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas dizem que uma consequência deste corte poderá ser a de alguns alunos terem de mudar de curso ou de escola.
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Os diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas ficaram surpreendidos com o corte no número de turmas e cursos que o Ministério da Educação fez na rede escolar.
Perante uma menor oferta nos cursos profissionais numa altura em que as escolas já têm as suas turmas definidas, um membro da associação que representa estes diretores admite que alguns alunos poderão acabar por mudar de curso ou de escola.
«É a resposta mais linear que há. Se não tiverem cabimento nesta terão de procurar outra [escola] ou outro curso que pretendiam ou outros cursos que vão de encontro às suas expectativas», acrescentou Agostinho Guedes, membro da direção desta associação.
Em declarações à TSF, Agostinho Guedes admite que esta situação poderá levar alguns alunos que pretendiam frequentar cursos profissionais a acabarem no ensino regular, se bem que isso «contrarie um pouco a liberdade de escolha concedida aos jovens e às famílias».
«Estamos aqui eventualmente perante um conflito de interesses na resposta que deve ser dada aos jovens que frequentam a escola portuguesa», adiantou.
Depois de já ter sido pedida ao Ministério da Educação uma renegociação da rede escolar, Agostinho Guedes espera que o assunto fique definitivamente resolvido até quarta-feira, altura em que são afixadas e divulgadas as turmas.
«Vamos procurar ir de encontro à nossa expectativa inicial: cada escola fez o seu desenho, propôs, foi definido e colocado à consideração das direções. Vamos aguardar nesta segunda iniciativa se nos aproximamos um pouco mais», explicou.
Este responsável da direção que representa os diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas frisou mesmo que estes assunto já deveria estar resolvido, considerando que «este é um dos assuntos que é para ontem».