Paulo Rangel considerou que o discurso do bastonário da Ordem dos Advogados é «populista e demogogo». Na resposta, Marinho Pinto disse que o eurodeputado do PSD era «traiçoeiro».
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O eurodeputado do PSD Paulo Rangel considerou que o discurso do bastonário da Ordem dos Advogados era «populista e demagogo» e que este «nada ajuda» a resolver os problemas da Justiça.
«Não aceito nem posso aceitar que alguém corrobore com este discurso simplista, populista e demagógico. Alguém tem que dizer isto de Portugal», acrescentou.
No debate Justiça - como fazer a rotura?, Rangel acusou ainda Marinho Pinto de dizer «várias vezes uma coisa e o seu contrário» numa alusão a alegadas contradições do bastonário ao relacionamento dos juízes com procuradores do Ministério Público.
Na resposta, Marinho Pinto disse que «não esperava ser objecto de um ataque pessoal tão traiçoeiro como o que me foi dirigido pelo dr. Paulo Rangel».
O bastonário disse que não iria usar o «estilo» do eurodeputado do PSD e pediu mais respeito por si, muito embora não tivesse exigido que Paulo Rangel concordasse consigo.
«Não ando à procura dos vossos votos. Outros andam com outros discursos, sim, populistas e demogógicos. Comigo não há asfixia democrática. A mim não me asfixiam», concluiu.
Na réplica, Paulo Rangel recusou ter feito críticas pessoais a Marinho Pinto frisou que tinha apenas considerado que o discurso do bastonário era «demogógico e populista».
«Não vale a pena vitimizar-se, porque assim como tem toda a liberdade para dizer o que quer também há-de aceitar a liberdade dos outros de o criticarem e discordarem frontalmente. O que falta em Portugal é alguém que discorde de si», sublinhou.
Para Rangel, quando alguém critica Marinho Pinto, o bastonário «não aguenta e não rebate os nossos argumentos». «A primeira coisa que faz é vitimizar-se», adiantou.