Europeias: Assis diz que Soares está com o PS mas Marcelo não está com a coligação PSD/CDS
O "número um" socialista nas europeias afirmou hoje que o ex-Presidente da República Mário Soares está politicamente com o PS, embora não fisicamente, exatamente o contrário do que sucede com Marcelo de Sousa face à coligação PSD/CDS.
Corpo do artigo
Francisco Assis falava aos jornalistas em Felgueiras, depois de questionado sobre a ausência do antigo Presidente da República Mário Soares em qualquer ação de campanha do PS nas eleições para o Parlamento Europeu, apesar de na terça-feira ter sido convidado pelo líder socialista, António José Seguro, para participar na sexta-feira no tradicional almoço da Trindade, em Lisboa.
«Mário Soares tomou a atitude que tomou. Mas é melhor estar presente politicamente embora não fisicamente, como é o caso de Mário Soares, do que a situação da coligação PSD/CDS, em que Marcelo Rebelo de Sousa esteve com eles fisicamente mas não politicamente", reagiu Francisco Assis.
O "número um" da lista europeia do PS alegou desconhecer os motivos que levaram Mário Soares a não participar na campanha europeia do PS.
«Não comento, porque não sou eu que vou avaliar as razões desta ou daquela atitude. Mas saliento que o PS é um partido unido, os seus principais dirigentes têm participado na campanha eleitoral e Mário Soares é uma referência, estando sempre presente em todos os meus discursos, porque é um dos grandes construtores da democracia portuguesa e da integração de Portugal no espaço europeu», afirmou o cabeça de lista socialista ao Parlamento Europeu.
Francisco Assis defendeu depois que as questões relacionadas com a presença deste ou daquele político junto a um partido «não são as mais importantes» no que respeita ao que está em jogo nas eleições do próximo domingo.
«Todos os dias eu e António José Seguro temos falado de Europa, mas no país perpassa a ideia contrária, porque houve uma campanha muito em torno de pequenos casos e pequenos incidentes. Estou convencido que isso era um projeto deliberado da coligação PSD/CDS, tentando fugir às questões do presente», acusou.