O advogado do empresário de Ovar Manuel Godinho, principal arguido no caso Face Oculta, espera que o processo dure dois anos.
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Trinta e seis arguidos e centenas de testemunhas envolvidos num dos maiores processos da justiça portuguesa começam a ser ouvidos esta terça-feira.
Em Aveiro, o processo vai julgar se houve ou não corrupção entre empresas do Estado e um grupo empresarial ligado ao processamento de sucatas e liderado por Manuel Godinho.
O advogado do empresário, Artur Marques, espera um julgamento «seguramente longo», que deverá demorar «muito provavelmente dois anos», porque é «complexo» e tem um «volume de documentação enorme».
Por seu lado, o advogado de José Penedos, Rui Patrício, entende que o processo não tem razões para demorar mais do que seis a oito meses, apesar da «complexidade» e «extensão» do mesmo. «Mais do que isso não me parece neste momento expectável», acrescentou.
Já Paulo Brandão, juiz-presidente da Comarca do Baixo Vouga, onde se realiza este julgamento, espera que o caso esteja resolvido dentro de um ano, até porque, sublinhou, é um processo «bastante extenso».